sábado, setembro 12

PASSEATA ELT

O mundo está em festa.
Muitos reuniram-se. Não estavam todos. Mas era como se estivessem.
Porque hoje houve bailado de corpos, gritos lançados no ar.
Alegria expressa em balões e faixas delineando idéias e posturas.
Eu que andei fechada numa solitária prisão. Dor. Mental.
Eu que andei reclusa.
Surpreendei-me com a festa.
Seria possível?
Mas no círculo de almas irmãs, mesmo que muito diversas, mesmo que só de ar,
havia uma linha de união.
Essa linha me alimentou.
Pude aos poucos relaxar os músculos tensos do morto corpo e cantar.
E tagarelar. Pude dar as mãos.
Só não pude dançar ainda.
Mas a noite chegou e moldei com minhas próprias mãos um mundo cor de rosa. Vivo.
Então lembrei de acreditar e me ergui!

Um comentário:

quem vai riscar outro horizonte e arriscar novas direções?